segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Delírio

O som dos grilos ela estava ouvindo,
Demasiada de tamanha dor
Não dirás agora qual o motivo,
Pois há coisas que deve se explicar antes de apenas dizê-las
O mistério de alguns anos de vida, acusada daquilo que não faz
Sendo forçada a se esconder em máscaras, matando-a por dentro
Se revelasse a verdadeira face, a criança adormecida
Medo tinha, de mostrar para todas as pessoas, aquela que ninguém conhecia
Era sim, o grande medo o protagonista daquele drama
Voltava no tempo e via-se sozinha, porém feliz
Não entendia como pôde ser feliz sem pelo menos ter outro alguém para compartilhar
Mesmo sabendo que antigamente estava bem, prendeu-se nesse mundo de amizades
Delirou no consumo de confiança, conquistou a tantos que nem esperava
Mas dentro dela, o desejo que a consumia era de voltar no tempo
A ser aquele alguém sem menor importância, que só sabia de si
Aquela que não queria sairNinguém falava, conversava, verdadeiramente conhecia
Cresceu então em um mundo particular de sete anos,
Onde não existiam pessoas, era apenas aquela doce criança que não falava
Está agora presa no quarto, a letras, livros e falta de confiança
Pois o mundo tem a mania de julgar a todos, hoje julga quem nem ao menos conhece.

sábado, 3 de outubro de 2009

If you try, you can change




-Te dou agora as palavras, todas elas. Não as quero mais.

A mulher tão elegante, estudada e bonita não sabia o que dizer mas arriscou:

-Como pode dar-me palavras?

O homem então olhou nos olhos dela e pronuciou:

-Juntas nesses poemas não são apenas palavras, se não percebestes te digo: são sentimentos. Vi em você algo diferente, inexplicável mas que nesses versos tentei te fazer enxergar, a beleza que estavas ignorando, as tuas lágrimas não deviam cair, a vida que estava jogando fora.

-Por que o senhor fez tudo isso? Apenas por admiração por minha beleza?

-Não, Senhora já vi uma mulher estar no mesmo caminho que estava andando antes, eu a vi se destruir e todos a ignora-la. A vi morrer sozinha, e não fiz nada para impedir. Agora, não podia presenciar o mesmo e continuar sem fazer nada.

-Como sabias que funcionaria?

-Eu não sabia, eu tentei e tinha que tentar.

domingo, 13 de setembro de 2009

The definition of love

Eu te amo já tá banalizado, pois na boca de quem não sabe vira apenas palavras fúteis. A paixão é um sentimento momêntâneo, passageiro mas que deixa marcas. Então, como falar da mistura desses dois sentimentos que não seja uma forma banal e rápida, é simples. Se conhece a pessoa sabes que ela realmente sente aquilo que vos fala agora, mas uma coisa é certa: o amor é um sentimento indescritível, no silêncio pode ser demonstrado e do nada pode surgir.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

A Supresa

Ele estava a observar-la,
Mas ela fingia não ve-lo
Ele queria apenas conversar
Ela queria um abraço e carinho
Ele não conseguia ficar sozinho
Ela não queria ve-lo triste
Um cheiro de rosas fica no ar
Ela procura as rosas, pois adora flores
Ele se esconde, depois a abraça por trás
E fala baixo no ouvido dela:
Eu te amo!

Ele podia querer só conversar,
Mas sabia como surpreende-la e agrada-la.




domingo, 21 de junho de 2009

A Partida

Então amanheceu, como se o céu chorasse a perda
Daquele que não era tão amado,
Mas que nunca será totalmente esquecido,
E ninguém sentiria a falta dele como ela.
Parecia uma morta que apenas o corpo se encontrava neste planeta
Estava deitada, triste, mas não chorava pois suas lágrimas se foram no enterro
Cada segundo era mais que uma hora, para quem dias atrás estava sorrindo
Vivendo como se não existisse amanhã, onde a morte não tinha lugar
Porém esta só tinha que cumprir o seu papel de levar pessoas
A senhora olhando pela janela e relembrando esses momentos
Estava a se perguntar:
-Será que é o dia certo para partires?
Sabes que levo-te junto a mim, sempre levarei como uma folha que não quer cair da sua árvore
Mesmo sem resposta, ela sabia quão era seu sentimento que nem a morte os separava.

sábado, 4 de abril de 2009

Where, Where?


Gotas de orvalho molham a minha vidraça,
a vida não tem mais toda aquela graça
tão simples e sozinha é a singela gotinha
e tão fascinante quando está em uma pequena folha
o Sol já não esquenta mais e o frio está a me dominar
queria alguém para me aquecer,
no meu pensamento, aquela pergunta que não consigo esquecer:

Afinal, onde está você?


sexta-feira, 3 de abril de 2009

It isn't the same

Como um jardim mas sem proteção
A gente tenta se proteger das pessoas
Que tanto magoam nosso coração
Eu sei é difícil te esquecer
Mas eu sei que consigo ser mais forte
Pra superar aquilo que me dominava
Agora são águas passadas
Viver não vai ser tão complicado como era com você
Vou sobreviver, é complexo mas nunca impossível
Gosto muito do meu mundo “invisível”.